Dome Ventures

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Por Diogo Catão – CEO Dome Ventures e Gabriela Rollemberg – Co-Founder Dome Ventures

O lançamento da CPIN é uma grande vitória do setor, após diversos avanços na área, como o Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação, a Nova Lei de Licitações e o Marco Legal das Startups. Trata-se de um excelente instrumento de grande amparo para acabar com o receio da gestão pública de investir em startups, a começar por sua reputação. 

A plataforma é obra de órgãos e instituições respeitáveis, de grande credibilidade e respaldo: da Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade do Ministério da Economia, por meio da parceria entre o Tribunal de Contas da União, o Ministério da Economia e a Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial. Também conta com o vital apoio do Instituto Tellus, uma organização de renome do terceiro setor. 

Outro ponto positivo da CPIN é seu esquema visual prático e intuitivo. A plataforma integra um passo a passo para orientar o gestor público na execução das contratações inovadoras, que variam de acordo com cada situação. 

Muitas vezes, os gestores públicos não estão cientes das melhores ações e tomadas de decisão ao investirem em inovação. Nesse sentido, a plataforma traz todo o caminho para incentivar o setor. Tudo de forma simples e interativa, em etapas, com práticas essenciais para a escolha das melhores soluções digitais e estratégias. Busca-se direcionar a gestão da maneira mais assertiva para contratar e executar as inovações com um nível de transparência altíssimo. 

Ao acessar a plataforma, a Jornada de Compras Públicas para Inovação começa pela Trilha do Planejamento. Primeiramente, são mapeados os problemas para o gestor escolher o desafio, ou seja, o que ele precisa resolver. Escolhido o desafio, é preciso descrevê-lo. Após essa etapa, acontece o mapeamento de mercado e a decisão sobre contratar a inovação. Todas essas fases são de fácil acesso e compreensão. 

A CPIN disponibiliza ainda a matriz de análise do instrumento de contratação, que permite visualizar cada caminho, com as opções de contratação: encomenda tecnológica, diálogo competitivo, concurso ou contrato público. É muita informação de qualidade, isto é, jogar com as peças certas. Uma ferramenta que traz outra perspectiva para um futuro conectado entre as startups e a gestão pública, em prol de melhorar a vida da população. 

A plataforma da CPIN tem tudo para se tornar referência. É inovadora, interativa e didática, com uma biblioteca virtual para acessar documentos e conteúdos relacionados. Essa tecnologia chega para aclarar o tema para as gestões públicas e aumentar os investimentos em soluções digitais e inovação, em busca de um futuro cada vez mais justo e moderno para todo o país. 

Por fim, é necessário definir a forma mais adequada de contratar a inovação, outra grande sacada da CPIN. A plataforma direciona para um quiz do Instrumento da Contratação para Inovação. Cada instrumento conta com uma trilha diferente com passos e orientações para a contratação e, ao final do questionário, são exibidas as conclusões e análises, facilitando a escolha do gestor. 

Em novembro, foi lançada uma plataforma que pode ser o porto seguro que faltava para o setor público investir mais em soluções inovadoras: a CPIN (Compras Públicas para Inovação). Essa novidade tem tudo para impulsionar startups, govtechs e smart cities. A ferramenta promete reduzir a dificuldade de executar as soluções digitais e os seus processos. Além disso, traz as diretrizes e os caminhos para solucionar problemas. 

Artigo originalmente publicado em coluna no portal Jornal Alô Brasília, no dia 06/02/2023: https://alo.com.br/cpin-da-a-seguranca-e-o-caminho-para-investir-mais-em-solucoes-inovadoras/

Por Gabriela Rollemberg – Co-Founder Dome Ventures

Cofundadora e conselheira da Dome Ventures, Gabriela Rollemberg apostou em inovação como ferramenta estratégia para ampliar a voz de mulheres e agentes do poder público

O que os direitos humanos têm a ver com inovação? A trajetória da conselheira e cofundadora da Dome Ventures é uma intersecção entre esses dois conceitos. Aos 39 anos, Gabriela Rollemberg tem uma história de luta pelos direitos das mulheres. Formada em direito e ciências políticas, a executiva é especializada na defesa de agentes públicos e políticos, bem como idealizadora do projeto Quero Você Eleita, um laboratório de inovação política para potencializar candidaturas e mandatos femininos, criado em 2020.

Nesta jornada, Gabriela descobriu o potencial da tecnologia para impulsionar suas atividades e conseguiu unir os mundos pelos quais se interessa: mulheres, política e inovação, trazendo ferramentas estratégicas para ampliar a voz das causas.

Os direitos humanos dizem respeito a todos os aspectos de nossas vidas e se aplicam tanto offline quanto online. Neste sentido, a conselheira da Dome percebeu logo cedo os desafios de ser mulher em um universo corporativo, bem como no ambiente de profissionais de tecnologia. Com atuação especializada em Tribunais Superiores, tem seu próprio escritório de advocacia há mais de 10 anos, onde atua fortemente em direito eleitoral. Em 2021, essa nova rede de relacionamentos trouxe a oportunidade de participar da fundação da Dome Ventures, a primeira corporate venture builder de tecnologia para governos do Brasil.

Mãe de um menino de 5 anos, Gabriela conta que sua vida pessoal e profissional se transformou após o nascimento de Rafael. Acostumada a dedicar a maior parte do seu tempo ao trabalho, ela descobriu a importância de se dedicar a si mesma e escolher projetos com propósitos.

Na Dome, a executiva conseguiu emplacar projetos e impulsionar startups que contribuem para a transformação digital da gestão pública, potencializando a utilização dos recursos públicos, trazendo transparência, sustentabilidade, e a possibilidade de, por meio de soluções de tecnologia, contribuir para que os governos alcancem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU.

Formada pela Universidade de Brasília (UnB), uma das mais prestigiadas faculdades públicas do país, Gabriela conta que os estudos a fizeram perceber seus privilégios como branca e advinda de boa base familiar, mas que também entendeu as desvantagens de ser mulher, especialmente em espaços de poder. “Ao me aprofundar na temática da participação das mulheres no mundo público e corporativo, passei a me dar conta das situações de assédio, de desvalor, de desrespeito e de apropriação de conhecimento que passei. Isso me motivou a participar de coletivos que têm como propósito construir uma rede de apoio entre advogadas sócias de escritórios de modo a potencializar todas que fazem parte do grupo.”

Hoje, no conselho da Dome, pode atuar com times jovens, tecnologias que promovem inclusão e, acima de tudo, novas perspectivas de ideias. “Em uma empresa inovadora, os conceitos também são inovadores. Trabalhamos com sonhos e, principalmente, pela democratização do acesso à tecnologia e serviços de ponta para toda a população”, finaliza ela.

Por Diogo Catão – CEO Dome Ventures

O ano de 2022 está se encerrando, e, em partes, ele superou as expectativas criadas em torno da economia, tendo contado com uma boa aceleração no primeiro e no segundo trimestres do ano. Inclusive, a expectativa era que o PIB, inicialmente, chegasse a 0,6% de crescimento anual, e, logo depois, essa expectativa foi reajustada para próximo dos 3% pela própria Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Já no terceiro trimestre, houve uma pequena desaceleração, mas ainda com crescimento, e espera-se que no quarto trimestre de 2022 se contabilize um pouco mais de desaceleração, estabilizando um crescimento próximo a 3%, 3,5% do PIB nacional.

Economia 2023: dicas para empreendedores crescerem no próximo ano

O primeiro ponto é em relação às taxas de juros básicos. Há uma grande probabilidade de que elas se mantenham altas até meados de 2023. Essa elevação pode se estender até o final do ano, muito em virtude das incertezas em torno da política orçamentária, que pode perturbar os mercados financeiros e acabar obrigando o Banco Central a mantê-las por mais tempo.

Isso pesa no crescimento econômico, porque altas taxas de juros dificultam bastante a solicitação de empréstimo dos empresários para financiar seus projetos. Então, a primeira dica é ter um caixa próprio para financiar os planos de crescimento e inovação.

O segundo ponto diz respeito à inflação. Ela deu uma ligeira reduzida no final de 2022, muito por causa do preço dos combustíveis, que têm uma forte influência no IPCA, mas isso não teve tanto impacto nos bens industriais e nos demais setores de serviços. De toda forma, também é sempre importante ficar atento a essa questão, tendo em vista que alguns setores são mais atingidos que outros, em razão desse alto valor do IPCA.

O terceiro ponto é sempre investir em inovação. Isso envolve investimentos de risco mais elevado, claro, mas com taxas de retorno muito maiores que a média também. A recomendação é investir com processos e métodos, para realmente mitigar o risco que a própria inovação por si só já tem por visar setores e áreas que ainda não foram muito bem trabalhados na economia.

Com a previsibilidade de uma taxa alta de juros, o setor bancário é um dos fortes candidatos a se manter em alto crescimento, porque são bastante favorecidos com a elevação da taxa. Falando economicamente da nova política, os setores de artistas vão ser beneficiados pelas políticas públicas, e é possível que o setor público também seja mais encorajado a ter os reajustes que, por alguns anos, não foram atendidos.

Então, o setor público, a classe artística e, do ponto de vista econômico, o setor bancário, que empresta dinheiro a juros altos, provavelmente vão ser mais beneficiados em 2023.